A cidade de Nova York anunciou o início de um programa piloto para testar sistemas de detecção de armas baseados em inteligência artificial em seu sistema de metrô.
Essa decisão vem em resposta a uma série de incidentes violentos, incluindo tiroteios e esfaqueamentos, que levantaram preocupações sobre a segurança pública no metrô.
A tecnologia, fornecida pela Evolv, uma empresa de Massachusetts, é projetada para detectar armas de fogo nas catracas do metrô usando “campos eletromagnéticos de frequência ultra-baixa e seguros, e sensores avançados”.
O programa piloto começará após um período de espera de 90 dias, conforme exigido pela Lei de Supervisão Pública de Tecnologia de Vigilância (POST), que exige que o NYPD divulgue tecnologias de vigilância e publique avaliações de impacto e uso antes da implementação.
Durante esse período, a cidade também planeja avaliar fornecedores e tecnologias alternativas.
Os scanners da Evolv já estão em uso em vários locais do país, incluindo Citi Field, Lincoln Center e o Metropolitan Museum of Art. No entanto, a empresa tem enfrentado escrutínio sobre a precisão de seus dispositivos, com relatos de falsos positivos e falhas na detecção de certas armas.
Também há investigações em andamento pela Federal Trade Commission (FTC) e pela Securities and Exchange Commission (SEC), bem como uma ação judicial de acionistas alegando que a Evolv deturpou a eficácia de seus produtos.
Prefeito defende uso da tecnologia, apesar das controvérsias
O prefeito Eric Adams enfatizou a importância de abraçar inovações tecnológicas para aprimorar a segurança pública, apesar das controvérsias em torno da eficácia da tecnologia e das potenciais preocupações com a privacidade.
O NYPD realizará sua própria análise da precisão dos scanners, e a cidade afirmou que a tecnologia será usada dentro da lei, equilibrando a privacidade com a segurança pública.
A implantação dos sistemas de detecção de armas com IA faz parte de uma estratégia mais ampla para melhorar a segurança do metrô, que inclui presença policial adicional, repressão à evasão tarifária e esforços para abordar questões de saúde mental entre os indivíduos que vivem no sistema de metrô. Os locais exatos e o número de scanners a serem instalados não foram divulgados.
Grupos de liberdades civis levantam preocupações
A iniciativa atraiu críticas de grupos de liberdades civis, como a New York Civil Liberties Union (NYCLU) e a Legal Aid Society, que levantaram preocupações sobre violações de privacidade e a confiabilidade da tecnologia.
Eles argumentam que a implantação de tais sistemas pode levar a falsos positivos, causando pânico desnecessário e potencialmente visando grupos específicos de nova-iorquinos.
Fonte: Tech Times, Washington Post