A Amazon está investindo bilhões a mais para apoiar uma startup de inteligência artificial, buscando uma vantagem nessa nova corrida armamentista tecnológica. A gigante da tecnologia e da nuvem anunciou na quarta-feira que investirá mais US$ 2,75 bilhões na Anthropic, somando-se ao cheque inicial de US$ 1,25 bilhão.
Esse é o mais recente de uma série de gastos bilionários pelos provedores de nuvem para se manterem à frente do que é visto como uma nova revolução tecnológica.
A Anthropic, uma startup de São Francisco amplamente considerada líder em inteligência artificial generativa, compete com a OpenAI e seu ChatGPT com seu modelo fundamental e chatbot Claude.
As empresas anunciaram um investimento inicial de US$ 1,25 bilhão em setembro, com a Amazon podendo investir até US$ 4 bilhões. O anúncio de quarta-feira marca a segunda parcela desse financiamento. A Amazon manterá uma participação minoritária na Anthropic, sem assento no conselho.
Nas últimas semanas, a Anthropic lançou o Claude 3, sua mais nova suíte de modelos de IA que, segundo a empresa, são os mais rápidos e poderosos até agora. A startup afirma que seu modelo mais avançado superou o GPT-4 da OpenAI e o Gemini Ultra do Google em testes de referência.
O movimento da Amazon é o mais recente de uma onda de gastos entre provedores de nuvem para se manterem à frente na corrida de IA. A Microsoft tem feito um investimento de alto nível na OpenAI, que pode chegar a US$ 13 bilhões. Já o Google também apoiou a Anthropic, com seu próprio acordo de até US$ 2 bilhões.
Esses investimentos têm enfrentado questionamentos devido à natureza aparentemente circular desses acordos. Ao investir em startups de IA, alguns observadores acusam as gigantes de tecnologia de canalizar dinheiro de volta para seus próprios negócios de nuvem. Mas a Amazon disse que esse tipo de investimento de risco não constitui “round tripping” ilegal.
Apesar dos riscos e questionamentos, fica claro que as grandes empresas de tecnologia estão apostando alto na inteligência artificial generativa como a próxima grande revolução, e não querem ficar para trás nessa corrida.
Fonte: CNBC